14.12.06

A Porta do Inferno

Bagdá, hoje é motivo de grande perturbação emocional. Muitos combatentes que estão prontos para a guerra têm um pressentimento de que as coisas poderão se complicar. O discurso do Bush, simplista, é o mesmo de Hitler. Ele tem dinheiro até para pagar adesões dos que vendem mão de obra assassina, a qualquer país, quem quiser. Tecnologia criada e dirigida por uma raça humana superior. É a maior máquina de guerra jamais vista no mundo. Destruir o Iraque inteiro para colocar um governo submisso ao americano é a coisa mais fácil no momento. O pobre Saddam Hussein, que nunca obedeceu à família Bush, agora tem que entrar na linha; já ofereceram algumas vantagens para que ele renuncie e seja exilado em outro país, tudo por conta do dono do mundo.

Hussein por sua vez, está preparando a população para que sirvam de escudos humanos assim, procura inibir o fogo do Bush, mas ele esquece que o Bush é amigo do Ariel Sharon que gosta de jogar bombas entre refugiados, e depois comemorar. De que adianta o tal escudo humano se o que o Bush quer é um Iraque deserto, sem povo. Pobre só dá despesa. O que foi feito no Afeganistão é o que ele imagina fazer no Iraque. Irak el-Arabi, país dos Árabes, que para enfrentar o exército anglo-americano tem como primeiro aliado a natureza. O frio, a chuva, o calor e o vento. Não foram os generais russos que derrotaram os alemães, foi a neve, a mesma neve que arrasou Napoleão, considerado imbatível. Bagdá é a porta do inferno !

A história se repete com outras palavras. Estaremos vendo o inicio da decadência do império norte americano ? Um governo que descobre o “eixo do mal”, só poder ser governado por “agentes do mal”. Pessoas estreitamente ligadas à indústria bélica, a produção e comercialização de petróleo, e esse é o ponto crucial dessa guerra, a apropriação do petróleo iraquiano. Bush já tem o governo montado para quando invadir e destruir o Iraque, com certeza, tem mapeado os campos petrolíferos que caberá a cada saqueador, e a parte maior caberá aos americanos.

E se o plano de guerra americano não funcionar como o esperado, se for uma guerra alongada por incidentes imprevisíveis, se houver perda dos vasos de guerra estacionados no Golfo Pérsico, se outros países árabes se juntarem ao Iraque, quem segura a falência econômica dos Estados Unidos ? Esperamos que a reunião que o Bush marcará para o primeiro semestre deste ano aqui no Brasil, não seja especificamente, para pedir soldados brasileiros, e envia-los ao combate contra o povo iraquiano. A nossa guerra é contra a fome.
Ventura Picasso

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