26.2.08

CONSOLARIANA
FOLHA DA REGIÃO 06032008
Numa das reuniões do Grupo Experimental da Academia Araçatubense de Letras (AAL), Hélio Consolaro encaminhou proposta, que foi aprovada, para criarmos uma Oficina de Contos. Rita de Cássia Zuim Lavoyer assumiu o projeto. Em setembro de 2007, no dia 17 fizemos o encontro para organizar a pauta.

Rita entusiasmada despachou:
─ Começaremos por tratar dos contos Eróticos (e algumas poesias eróticas), Fantásticos, de Horror, Maravilhosos anexando contos de Fadas, Carochinha e Infantis, além dos Jocosos, Modernos e Mini contos.
O grupo foi surpreendido quando soube que viajaria dos irmãos Grimm ao Marquês de Sade.

Em 8 de outubro a cortina desabou. Na apresentação dos Contos Eróticos, as meninas (todas devidamente aposentadas), surpreenderam e escandalizaram até Heitor Gomes o ‘Poeta das Multidões’. Logo ele, que abalou o sagrado e o profano com “Mãe na zona”, escandalizando-se? Não posso esquecer a sua maior criação: A ladainha “Rap da Qboa”, cheiroso, contemporâneo. No entanto, o seu espanto ante o conto erótico, “A Balada” de Marianice, ao indignar-se, parecia mais um moralista, furibundo e inconformado explodiu:

─ Aleluia!, nois é brega, mais é limpinho! A gente toma banho todo dia, passa chique-chique e vai dormir! Não acredito... Quem poderia imaginar que essas meninas, com carinha de criança inocente, possuíssem essa mente libidinosa, mundana e profana? Que devassidão! Deus... é um delírio! Estou pasmo. Aleluia! “Mãe na zona” é historinha infantil!

As discussões, os debates e a Roda Crítica de ótima qualidade, provocaram a evolução do grupo, atingindo uma nova fase. A liberdade das expressões artísticas, atrevidamente, impõe aos adeptos da cultura, após duas gerações Modernista de 1922, de Mário de Andrade a Érico Veríssimo, segundo as alucinações delirantes ou intuição acertada, a nossa Rita descobre uma nova era da literatura revelando:

─ Por volta dos anos 1997/1999, o professor e escritor, poeta, palestrante e cronista diário da Folha da Região, inicia o Movimento Literário na AAL, reunindo pessoas que tinham por objetivo único expressarem-se através de crônicas, contos, prosa e poesia etc. Dessas reuniões, denominada Experimental, título sugerido por Consolaro, foi publicada em 1999, a antologia Experimentânea 1. Em agosto de 2007 foi editada a sexta coletânea, Experimentânea 6, confirmando a existência de uma nova era literária que vem para interferir e ilustrar no futuro, a ERA CONSOLARIANA.

Essa vanguarda é um avanço para quem se liberta, diria Clarice Lispector se referindo à data de 1922, Rita de Cássia em 2008, pensa o mesmo sobre as letras araçatubenses.

Ventura Picasso 26022008
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