18.10.08


"La Mano de Dios"
opinião política
Folha da Região - 19102008
Tenho recebido constantemente o repasse de um e-mail, questionando a honestidade da Folha da Região, por divulgar as pesquisas eleitorais efetuadas pela Brasmarket. Esses remetentes me têm num conceito que não possuo. A importância política a mim reputada, não existe. Enfim, sou zero à esquerda. Mas, sou militante da esquerda. Analisando a Conjuntura política araçatubense pré-eleitoral, defendi e apresentei a candidatura Dilador, mesmo sendo do sofrível PSDB, perfeitamente encaixada para vencer o pleito.

A campanha de Dunga não virou. Com visão antiquada, pagou caro pela infeliz idéia de guardar o cassado Maluly, para usá-lo em campanha. Fez dele uma marionete sob controle, mas bateram-lhe a carteira, e Maluly foi substituído antes do jogo acabar. Como diria Maradona: ”Fue la mano de Dios. Na virada, apostaram no voto útil

Nesse universo, surge o sindicalista Cido Sério com ‘Lulinha paz e amor’, por pouco não perde a viagem, e o candidato do Marco Furlan, Dilador, que não sabe falar e não é parente de ninguém, até então, livre para escolher a trajetória que quisesse. E escolheu mal, ou escolheram. A ordem cronológica exibida pela Brasmarket foi rigorosa, porém, Furlan alega que a quantidade de eleitores entrevistados, não foi suficiente para uma pesquisa confiável.

Santa ignorância, a direita política, só acreditaria na pesquisa se fossem entrevistados os 130.591 eleitores. Não aceitam os cálculos de probabilidades? Não sabem o que é isso? Perderam as eleições acreditando que o eleitor de Araçatuba não gosta do PT e de Lula? Não foram derrotados pela pesquisa divulgada na Folha da Região. Perderam para a incompetência da própria equipe coordenadora, tanto no campo da publicidade como no político. Não sabem jogar, não conhecem as regras do jogo político, são ingênuos e possivelmente, até maldosos e vingativos. Não bastava derrotar o Cido Sério do PT, mas queriam esmagar a cabeça do Partido dos Trabalhadores.

A Folha da Região é uma indústria de comunicações, como sonhava Genilson Senche, e não um jornaleco cheio de malicias para divulgar bravatas de políticos, vencedores ou derrotados, sob encomenda.
“Errar é humano. Colocar a culpa na pesquisa é estratégico”.

Ventura Picasso - 17102008/1912