26.5.09


Fogo de Encontro
FOLHADA REGIÃO - 28052009
Ventura Picasso

Não peço desculpas pelo que escrevo, mesmo por que, me ocupo e me comprometo com a verdade. Manipular a escrita de outros usando o que se chama ‘fogo de encontro’, para confundir o leitor, nunca farei.

Para confundir falam de democracia. Coitados dos ‘brancos’. Quando Cabral chegou a Terra de Santa Cruz encontrou lindas matas e rios, habitada por gente inocente, que gostava de festa, de musica, andavam nus e enfeitados com lindas plumas.

Anderson, não desista, defenda a inclusão de todos aqueles que estão sobrando e continue provocando.

O teu texto (Políticas afirmativas A2-21/5/2009) neste jornal, Folha da Região, é imprescindível. Em 1500, nesta Santa Cruz, se falava 1200 idiomas. Depois, esses infelizes ‘brancos’, coitados, batizaram a terra de Brasil e a povoaram de escravos.

Todos são iguais perante a lei, até os ‘brancos’ neonazistas de plantão, que não toleram os diferentes, estão sujeitos a ela. As leis protegem os indivíduos e a sociedade como um todo: homossexuais, índios, negros, brancos, crianças, mulheres, os sem isso, sem aquilo, indeniza os nossos heróis da resistência que lutaram contra a ditadura.

Negros e índios não são incapazes, são impedidos de competir em condições de igualdades. Felizmente existem bons ‘brancos’ como os da SPFW-S. Paulo Fashion Week, que acaba de assumir o compromisso de abrir vagas, em seus desfiles de moda, para 10% de modelos negros.

Esse “fogo de encontro” nos deixa uma lição: Quem exagera o argumento, prejudica a causa (F. Hegel). Exacerbar os argumentos preconceituosos, defender os limites da moral, da ética desses ‘brancos’ em nome da democracia, transforma uma causa, já sem fundamento, em inaceitável.

Lula tem um projeto para acabar com as diferenças sociais neste país. E nós aceitamos mais oportunidades aos excluídos, mais bolsas e cotas universitárias, mais merenda escolar.
Resolver problema social, não e proteção nem favor, é direito do cidadão.
Aprovo sem questionamentos os textos do Anderson A. Soares.

Ventura Picasso – Coordenador do Grupo dos Pensadores de Araçatuba.

1765

7.5.09



Eterno Retorno
Ventura Picasso -

'MENTE CAPTA' - (Folhetim - 23032003)

François Jacob, biólogo Nobel declarou: “Não existe criador nenhum nessa história, a vida é fruto de uma grande coincidência”. A partir dessa visão, outros pensadores afirmam que não existe deus, e que só o tempo é eterno. O universo em seu giro caminha solto no éter sem objetivo, não vai a lugar algum, a não ser ao seu eterno retorno, vida e morte.

A vida de Friedrich não tinha um objetivo. Não conseguia conviver em sociedade, e fomentava a solidão, mas não se habituava a ela. Jamais encontrou o código de comunicação com a felicidade. Uma amiga em Roma, Malwida von Meysenburg, autora de "Memorias de um idealista", wagneriana radical, diante de tal angustia, insistiu que ficasse para conhecer uma jovem russa.

Lou, psicanalista e escritora, nascida a 12 de fevereiro de 1861 em São Petesburgo. Uma intelectual alemã, nascida na Rússia, que escandalizou a sociedade quebrando regras morais. Friedrich, aos 37 anos, seduzido apaixona-se. Porem, ao propor-lhe casamento é recusado, restando a amizade, suportável pelo desejo, e na condição de discípula. Ele nasceu em 15 de outubro de 1844 em Röcken, localidade próxima a Leipzig na Prússia.

A nossa 3ª personagem deste eclipse, Sigmund nasceu em Freiberg (Moravia), em 1856. Não posso afirmar se Friedrich conhecia a obra de Sigmund, mas Sigmund conhecia a obra de Friedrich pela boca de Lou.
Foram contemporâneos.

As relações emocionais e intelectuais, de Salomé, com artistas e filósofos da maior importância do século, são impressionantes (Jung, Henri Bergson, Sartre); Viveu por cinco anos com Paul Rée em Berlim, fez um casamento aberto com Carl Andréas, e passa a usar o nome de Louise (Lou) Andréas-Salomé; Dez anos mais tarde encontra-se com René (Rainer) Maria Rilke, uma paixão de quase cinco anos. Em 1911, seguiu para Viena e viveu um romance com Victor Tausk e conheceu Sigmund, uma amizade que durou até sua morte em 1937.

Agora, abrindo o cofre das coincidências posso me fazer entender com facilidade. Em 1885, é escrita a ultima parte de Assim Falou Zaratustra, ou o evangelho de Friedrich Wilhelm Nietzsche. A Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud, obra terminada no ano da morte de Nietzsche na cidade de Weimar, em 25 de agosto de 1900.

É seguro que Freud respeitava e queria estudar a obra de Nietzsche, para isso ele pretendia paralisar todas as suas atividades e dedicar-se ao estudo, pois tinha muito a ver com a psicanálise, não só o conteúdo da obra em si, mas a saúde de Nietzsche.

A obra de Nietzsche é descoberta em 1902, quando Freud tinha 46 anos, e é o marco do surgimento da psicanálise.
Para o 1º, a cura do homem é entender o homem e a lei (Super-homem).
Para o 2º, o respeito entre seu desejo e a lei (sob uma visão Edípica).

O encontro, ou a trajetória intelectual desses gênios, assim como o Big Bang, não passa de uma grande coincidência cósmica.

“Ouse, ouse... ouse tudo!!

Não tenha necessidade de nada!

Não tente adequar sua vida a modelos,

nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.

Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.

Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!

Ouse, ouse tudo!

Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.

Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:

algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!”

(Lou Salomé)

A produção literária de Lou esteve sempre muito ligada aos seus envolvimentos amorosos e da relação com Rilke, aos 36 anos, resultaram obras fundamentais como "A humanidade da mulher" e "Reflexões sobre o problema do amor".

Ata – SP – Folhetim: ‘Mente Capta’ - 23-03-2003 – Ventura PicassoAtualizado em 06052009 3067

6.5.09


Demagogia
VENTURA PICASSO
FOLHA DA REGIÃO
OPINIÃO - 5/5/2009

Como é agradável presenciar um jovem, futuro jornalista, identificando no meio da multidão, um carunchoso reacionário.

O Brasil é um país novo, em construção, reconstruindo e conservando tudo o que está pronto. Como se não bastasse às dificuldades orçamentárias, por tradição, fomos alcançados por todos os tipos de corrupção.

“Pequeno sou para dar aulas de política ou para fazer analise histórica dos 500 anos em que o Brasil foi conduzido por uma elite: primeiro colonialista, depois monárquica, mais adiante ruralista, passando por vários níveis de reacionarismo, em que a centralização do poder e da má distribuição de renda conduziram o Estado às condições de pobreza e ineficiência de que somos testemunhas hoje”.

Anderson Augusto Soares (“Demagogia”, Coluna dos Leitores, 30/4, A2), jovem, mas não pequeno. Você escreveu o que muitos brasileiros patriotas queriam escrever. Você escreveu por mim, por todos os homens e mulheres de bem, você escreveu pela nação.

A opinião do leitor Iranilson da Silva (“Demagogia”, Coluna dos Leitores, 25/4, A2), revela o oportunismo rançoso de uma pequena parcela retrógrada que ainda não aceitam o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como maior estadista que esta nação e o resto do mundo conhecem. Incluem-se nessa lista Barack Obama, que declarou, não à-toa, que Lula é o governante mais conhecido no mundo.

Não que os reacionários não saibam. Sabem tudo, mas sonham com o poder. O pesadelo é Lula na presidência. É Lula lá! Por isso essa manifestação mórbida contra a nação. Este país, nos últimos 5 anos acabou com a dívida externa, hoje somos acionistas e credores do FMI; Isso é muito chique!

O político mal intencionado finge que não vê, mas o passado é imutável e o futuro, a história que virá, pode deixar para esses jovens que já sabem separar o joio.
Ventura Picasso - 05052009
1525