24.2.11

Buracolândia


Em um país distante, havia uma pequena cidade, chamada Buracolândia. Lá, as ruas eram feitas de buracos enormes, obra de carros pesados e serviços não fiscalizados. Tudo graças aos líderes daquele pequeno vilarejo. O último deles, de tão bom e atencioso com os buracos cheios de água, costumava dizer ao povo daquela pequena e ensolarada cidade: “temos que cuidar das pessoas”.

A Buracolândia cresceu junto com os buracos se espalharam pela cidade. E isso deixou muita gente feliz: os donos de oficinas, borracharias, vendedores de suspensão e mecânicos em geral, além das velhas senhorinhas que agora podiam, com o devido cuidado, atravessar as ruas mais tranqüilamente já que os carros não podiam passar dos 20 km/h.

Em algumas ruas da simpática cidade, como numa pequena comunidade ao sul, os buracos estavam cada vez maiores e mais cheios de água e de vida: girinos, sapos, pequenas e simpáticas larvas do Aedes aegypti habitavam aquela região nunca antes habitada. Alguns moradores e comerciantes malvados tentavam inutilmente tapar os pobres buracos com britas e barro. Mas como o povo da Buracolândia não vivia sem um buraco, resolvia passar com os ônibus naquelas ruas para abrir tudo de novo e deixar tudo como sempre.

Até que um dia, os filhos e netos dos habitantes de Buracolândia perceberam que o romantismo dos buracos que dava nome à cidadezinha estava acabando. E resolveram se revoltar. “Vamos tapar todos os buracos” – gritavam pelas ruas. Queriam mudar Buracolândia para sempre. Queriam pneus inteiros e suspensões de carros funcionando perfeitamente. Queriam velhinhas indo para a faixa atravessar a rua e com muito mais cuidado, pois agora a rua seria dos carros que não precisaria se incomodar com os buracos.

E foi aí que Marianne Simes, prefeita da pequena Buracolândia, percebeu que sua vila não era mais tranquila e mesmo assim, resolveu deixar tudo do jeito que estava, afinal, o que seria da cidade sem os buracos? Passaria a se chamar como? No máximo, mudaria o nome para Fortaleza.

Fonte: Email do Internauta Carlos Mendes morador do Papicú para: http://www.bairrogenibau.com.br
Tags:(
Buracos, Prefeitura, Fortaleza )



1 comentários:

Rita Lavoyer disse...

Nossa! Alguns precisam fazer um estágio nessa cidade Papicú, com acento na última sílaba.
Lá a coisa deve ser boa pra daná! Até um pau assim, num lugar onde não pede pau, eles deixam acontecer... é por isso que gostam de buracos.
E vamos continuar com o acento no Papicú, como diz no seu texto anterior, uma boa transa gramatical qualquer burrocrata perdoa e gosta.
Gostei Pikachu!