27.2.14

Vivemos dias difícieis



Problema mal resolvido
O padre Charles Borg vigário-geral da Diocese de Araçatuba, como de costume aos domingos, em seu artigo de 23/02/2014 “Levantar a cabeça”, na pg A2 tece um tema atual comparando-o com acontecimentos bíblicos: 

―”Vivemos dias difíceis!” A afirmação é do apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios, escrita por volta do ano 60. As circunstâncias são diversas, evidente, mas a sensação é idêntica! Vivemos dias turbulentos e incertos.

A redução da maioridade penal, dando lucro aos oportunistas políticos, em ano eleitoral, como se todos os crimes fossem cometidos por menores de idade. Apresentam e discutem Projetos de Leis no Congresso, leis que já existem e que o próprio Estado não cumpre. 

A midia libertária escandaliza a nação, com os crimes desses infratores. Não divulgam que os adolescentes podem ficar até nove anos em regime socioeducativo.

A notícia do menor infrator serve de biombo para a pobre realidade da segurança pública de S. Paulo. Em 2010 foram assassinadas vinte e quatro crianças por dia. A mídia viu?

“O adolescente não pode ser responsabilizado pela violência no Brasil.” (Maria Izabel da Silva do Conanda e Pedro Paulo Guerra de Medeiros da OAB).

Os ataques constantes de grandes grupos de criminosos, uma verdadeira guerra urbana saqueando bancos, sitiando pequenas cidades, enfrentando a Polícia Militar com poder de fogo invejável, equivalente e colocando em xeque a competência administrativa do setor. 

Na TV o delinquente menor é mais perigoso que os quadrilheiros do crime organizado. Os 22 anos de cadeia para o tucano Azeredo, não vale uma manchete de primeira página.

O ex-governador Mário Covas, estressado com seus secretários da área, inconformado com as rebeliões na época, foi passar uma noite na FEBEM.

Saiu enfezado, como entrou. Tomou uma decisão histórica: trocou o nome da coisa para Fundação Casa.

Por fim, o Padre Charles nos deixa uma lição: “Muitos dos problemas e contratempos que perturbam a vida da sociedade moderna são endêmicos. Quem observa a natureza aprende que quando um problema reaparece insistentemente é porque foi mal resolvido”. 


Ventura Picasso
 
1802

13.2.14

Os dois intocáveis da República



qui, 13/02/2014 - 06:00 - Atualizado em 13/02/2014 - 06:00 http://jornalggn.com.br/noticia/os-dois-intocaveis-da-republica


É provável que Joaquim Barbosa deixe o STF (Supremo Tribunal Federal) em março. Há boatos sobre sua pretensão de disputar ou o governo do Distrito Federal ou uma senatoria pelo Rio de Janeiro.
Saindo, seus malfeitos serão corrigidos. O plenário se reunirá, analisará os abusos cometidos enquanto presidente da Suprema Corte, corrigirá o que for possível e tentará voltar à normalidade.

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Suas últimas medidas – derrubando decisões do interino Ricardo Lewandowski - impedem que qualquer prefeitura do país reajuste o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).
Tome-se o caso de Florianópolis, há 16 anos sem reajustar seu IPTU. Todas as mansões à beira mar continuarão pagando IPTUs simbólicos, para poder pavimentar a carreira política de Barbosa. E serão paralisados todos os serviços públicos a serem financiados com esse aumento.
Qual a diferença de atitude do político populista mais desprezível, aquele cujo jogo consiste em comprometer receitas públicas para contentar a torcida e garantir os votos? Nenhuma.

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É uma situação inédita, a do STF. Uma mesma geração acolhe dois dos mais polêmicos Ministros da história: Barbosa e Gilmar Mendes. Por conta da guerra fria instalada, o único poder capaz de barrá-los – a grande mídia – tornou-se cúmplice.

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Gilmar é dono de uma biografia polêmica. Vale-se do prestígio de Ministro do STF para alavancar seus negócios à frente do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público). E escuda-se na parceria com a mídia para gerar falsos escândalos, sempre que seus casos podem transbordar para a opinião pública.
Tinha relações estreitas com o ex-senador Demóstenes Torres e, enquanto presidente do STF manteve como assessor o principal araponga de Carlinhos Cachoeira. Recentemente, vendeu para o Tribunal de Justiça da Bahia – que estava sob a mira do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e, agora, sob sua intervenção  – um projeto de curso no valor de R$ 10 milhões.

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Na Operação Satiagraha, quando seu nome ganhou visibilidade, protagonizou dois episódios escandalosos: o grampo sem áudio (com Demóstenes Torres) e a falsa denúncia de grampo no Supremo. Conseguiu matar a operação.
Quando explodiu a CPI de Cachoeira, e seu nome voltou a ser mencionado, criou um novo falso escândalo – o encontro onde Lula supostamente teria intercedido pelos mensaleiros (encontro desmentido pelos dois presentes, Lula e Nelson Jobim). E a CPI foi abafada pelo julgamento da AP 470.
Quando auditoria do CNJ apura contratos sem licitação do TJBA, cria mais um fato sem consequência: a denúncia sem provas da tal “lavagem” de dinheiro na vaquinha para os mensaleiros.
Nada ocorre, tudo lhe é permitido.

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De seu lado, Joaquim Barbosa atropela o Regimento Interno do STF para represálias sem justificativa contra políticos presos, impedindo-os de exercer seus direitos de trabalhar ou estudar fora do presídio. Derruba decisões de Lewandowski sobre diversos temas, pelo mero prazer do exercício do poder absoluto.

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Um dos primados da ordem democrática é a inexistência de cidadãos acima da lei. Todos têm obrigação de cumprir rituais, subordinar-se a regimentos, aos limites impostos pela Constituição e pela lei e pelas normas da transparência pública.
Mas o país tem dois intocáveis.

3.2.14

Núcleo Zero


Lula e Zé Roberto Araçatuba

Em reunião concorrida, antigos companheiros resolveram por bem, dar continuidade política ao Núcleo Zero do PT.

José Roberto, o nosso Zero, que reconhecemos e homenageamos como o mais humilde e combativo militante do Partido dos Trabalhadores de Araçatuba SP, certamente, se aqui estivesse, cobraria outras e novas atitudes da coligação que ‘administra’ nossa cidade.

Por isso em seu nome e em nome da população queremos dar transparência aos projetos ‘vitoriosos’ que foram apresentados, e estão em atividade bem como, os que vierem a entrar numa futura pauta de privatizações/concessões, terceirizações ou doações etc.

O Partido dos Trabalhadores PT, por anos a fio, vem sofrendo todos os tipos de ataques de vários grupos politicamente organizados, bem como de uma parcela da mídia especializada dirigida por jornalistas mercenários.  

O terrorismo midiático dos candidatos derrotados, quando da eleição do Presidente Lula, alertava que mudariam do país frente ao expansionismo comunista trazido pelo PT em seu planejamento secreto de governo.  

Nada disso funcionou. Reelegemos Lula Presidente. Fizemos de Dilma Rousseff a nossa Presidenta. Um novo Brasil, desde então, alimenta e lidera a história do G20, do BRICS, do Mercosul e de importantes projetos internacionais da maior importância. É o Brasil potência.

Saudoso chaveirinho da zona
Na Zona Azul, porém, pagávamos apenas o que usávamos; tínhamos o chaveiro da FlexPark, imaginem, no tempo do Maluly.

Hoje quando já entrou em operação no mundo (moderno) o Bitcoin, andamos pela calçada em busca de moeda. Não é piada de bicho morto no zoológico. Procuramos moedas de Reais para alimentar o dinossauro que não devolve sobras de horário.

Faltou criatividade ou a comissão que coordenou a licitação, à moda antiga, só acredita vendo? Lugar de dinheiro é no bolso; negócios? Só à vista.

Preservar o partido através do Núcleo Zero é o nosso compromisso. Queremos andar junto com o povo.

Ventura Picasso

1635