27.7.14

Esquivel, Chomsky, Rigoberta Menchú


e outros 61 intelectuais exigem embargo militar contra Israel
Adital - http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=81686
  
Sessenta e três intelectuais exigem, em um comunicado conjunto, o embargo militar contra Israel. Entre os signatários encontram-se o Prêmio Nobel da Paz, da Argentina, Adolfo Pérez Esquivel, bem como seus colegas Desmond Tutu, da África do Sul, Rigoberta Menchú, da Guatemala, Mairead Maguire, da Irlanda, Jody Williams, dos Estados Unidos, e Betty Williams, da Irlanda do Norte.

Segundo destaca o comunicado dos intelectuais, "a capacidade de Israel para colocar em andamento esse tipo de ataques devastadores com impunidade provém, em grande parte, da vasta cooperação militar internacional e do comércio de armas que Israel mantém com governos cúmplices de todo o mundo.”

A carta foi publicada pelo jornal ‘The Guardian‘. "Fazemos um chamado às Nações Unidas e aos governos de todo o mundo a tomar medidas imediatas para aplicar contra Israel um embargo militar integral e legalmente vinculante, similar ao imposto à África do Sul durante o apartheid,” assinala o documento.

"Israel desatou mais uma vez toda a força de seu exército contra a população palestina cativa – inicia o texto–, sobretudo na sitiada Faixa de Gaza, em um ato desumano e ilegal de agressão militar. O atual ataque de Israel contra Gaza, até o momento, matou muitos civis inocentes, causou centenas de feridos e devastou a infraestrutura civil, incluindo o sector de saúde, que já estava gravemente deteriorado.”

Também assinaram o texto: o músico britânico Roger Waters, a escritora estadunidense Alice Walker, o teólogo da libertação brasileiro Frei Betto, o sindicalista sul-africano Zwelinzima Vavi, seu colega brasileiro João Antonio Felício, o filósofo esloveno Slavoj Zizek, o acadêmico israelense Nurit Peled, o britânico ex-presidente do PEN Gillian Slovo e a escritora indiana Gita Hariharan.

"A partir de 2008, os EUA começaram uma ajuda militar a Israel que alcançaria 30 bilhões de dólares, enquanto que as vendas militares anuais israelenses para o mundo chegam a bilhões de dólares. Nos últimos anos, os países europeus exportaram armas para Israel por valores em bilhões de euros, e a União Europeia tem financiado as empresas militares e as universidades israelenses com bolsas de pesquisa no âmbito militar por um valor de centenas de milhões de euros”,assinala o documento.

Os intelectuais acusam os países emergentes de apoiar por palavras a Palestina, enquanto financiam as campanhas repressivas de Israel. "As economias emergentes, como Índia, Brasil e Chile, aumentam rapidamente seu comércio e cooperação militar com Israel, apesar de que afirmem apoiar os direitos palestinos.”

Entre os signatários também aparecem Federico Mayor Zaragoza, ex-diretor geral da Unesco, da Espanha; Chris Hedges, jornalista, Prêmio Pulitzer 2002, dos EUA; Boots Riley, rapper, poeta, produtor de artes, dos EUA; e Noam Chomsky, filósofo, analista político, dos EUA.
Fuente: Regeneración.mx
El Ciudadano
http://www.elciudadano.cl/2014/07/22/109478/noam-chomsky-rigoberta-menchu-y-otros-62-intelectuales-exigen-embargo-militar-a-israel/

 

16.7.14

A história de Gaza que os israelenses não contam





Pois bem, na tarde da última sexta-feira o saldo de mortos estava 110 a 0 a favor de Israel. Mas passemos para a história de Gaza que, a esta altura, ninguém vai contar. Trata-se da terra. Os israelenses de Sderot estão recebendo tiros de rojões dos palestinos de Gaza, e agora os palestinos estão sendo bombardeados com bombas de fósforo e bombas de fragmentação pelos israelenses. É. Mas e como e por que, para início de conversa, há, atualmente, um milhão e meio de palestinos apertados naquela estreita Faixa de Gaza?
 
As famílias deles, sim, viveram ali, não eles, no que hoje há quem chame de Israel. E foram expulsas – e tiveram de fugir para não serem todos mortos – quando foi criado o Estado de Israel.
E – aqui, talvez, melhor respirar fundo antes de ler – o povo que vivia em Sderot, no início de 1948, não era israelense, mas árabe palestino. A vila palestina chamava-se Huj. Nunca foram inimigos de Israel. Dois anos antes de 1948, os árabes de Huj até deram abrigo e esconderam ali terroristas judeus do Haganah, perseguidos pelo exército britânico. Mas, quando o exército israelense voltou a Huj, em 31 de maio de 1948, expulsaram todos os árabes das vilas... para a Faixa de Gaza! Tornaram-se refugiados. David Ben Gurion (primeiro premiê de Israel) chamou a expulsão de “ação injusta e injustificada”. Pior, impossível. Os palestinos de Huj, hoje Sderot, nunca mais puderam voltar à terra deles.
E hoje, bem mais de 6 mil descendentes dos palestinos de Huj – atual Sderot – vivem na miséria de Gaza, entre os “terroristas” que Israel mente que estaria caçando, e os quais continuam a atirar contra o que foi Huj.
A história do direito de autodefesa de Israel é a história de sempre. Hoje, foi repetida e a ouvimos mais uma vez. E se a população de Londres estivesse sendo atacada como o povo de Israel? Não responderia? Ora, sim. Mas não há mais de um milhão de ex-moradores de Londres expulsos de suas casas e metidos em campos de refugiados, logo ali, numas poucas milhas quadradas cercadas, perto de Hastings!
A última vez em que se usou esse falso argumento foi em 2008, quando Israel invadiu Gaza e assassinou pelo menos 1.100 palestinos (1.100 mortos palestinos, 13 mortos israelenses). E se Dublin fosse atacada por foguetes – perguntou então o embaixador israelense? Mas, nos anos 1970, a cidade britânica de Crossmaglen, no norte da Irlanda, estava sendo atacada por foguetes da República da Irlanda – e nem por isso a Real Força Aérea britânica começou a bombardear Dublin em retaliação, matando mulheres e crianças irlandesas.
No Canadá em 2008, apoiadores de Israel repetiram esse argumento fraudulento: e se o povo de Vancouver ou Toronto ou Montreal fosse atacado com foguetes lançados dos subúrbios de suas próprias cidades? Como se sentiriam? Não. Os canadenses nunca expulsaram para campos de refugiados os habitantes originais dos bairros onde hoje vivem.
Passemos então para a Cisjordânia. Primeiro Benjamin Netanyahu disse que não negociaria com o ‘presidente’ palestino Mahmoud Abbas, porque Abbas não representava também o Hamas. Depois, quando Abbas formou um governo de unidade, Netanyahu disse que não negociaria com Abbas, porque ‘unificara’ seu governo com o “terrorista” Hamas. Agora, está dizendo que só falará com Abbas se romper com o Hamas – quando, então, rompido, Abbas não representará o Hamas...
Enquanto isto, o grande filósofo da esquerda israelense, Uri Avnery – 90 anos e, felizmente, cheio de energia – ataca a mais recente obsessão de seu país: a ameaça de que o ISIS se mova para oeste, lá do seu ‘califato’ iraquiano-sírio, e aporte à margem leste do rio Jordão.
“E Netanyahu disse”, segundo Avnery, que “se não forem detidos por uma guarnição permanente de Israel no local (no rio Jordão), logo mostrarão a cara nos portões de Tel Aviv”. A verdade, claro, é que a força aérea de Israel esmagaria qualquer ‘ISIS’, no momento em que começasse a cruzar a fronteira da Jordânia, vindo do Iraque ou da Síria.
A importância da “guarnição permanente”, contudo, é que se Israel mantém seu exército na Jordânia (para proteger Israel contra o ISIS), um futuro estado “palestino” não terá fronteiras e ficará como enclave dentro de Israel, cercado por território israelense por todos os lados. “Em tudo semelhante aos bantustões sul-africanos” – diz Avnery.
Em outras palavras: nenhum estado “viável” da Palestina jamais existirá. Afinal, o ISIS não é a mesma coisa que o Hamas? É claro que não é.
Mas Mark Regev, porta-voz de Netanyahu, diz que é! Regev disse à Al Jazeera que o Hamas seria uma “organização terrorista extremista não muito diferente do ISIS no Iraque, do Hezbollah no Líbano, do Boko Haram…” Sandices. O Hezbollah é exército xiita que está lutando dentro da Síria contra os terroristas do ISIS. E Boko Haram – a milhares de quilômetros de Israel – não ameaça Tel Aviv.
Vocês entenderam o ‘espírito’ da fala de Regev. Os palestinos de Gaza – e esqueçam as 6 mil famílias palestinas cujas famílias foram expulsas pelos sionistas das terras onde hoje está Sderot – são aliados das dezenas de milhares de islamitas que ameaçam Maliki de Bagdá, Assad de Damasco ou o presidente Goodluck Jonathan em Abuja.
Sim, mas... Se o ISIS está a caminho para tomar a Cisjordânia, por que o governo sionista de Israel continua a construir colônias ali?! Colônias ilegais, em terra árabe, para civis israelenses... na trilha do ISIS?! Como assim?!
Nada do que se vê hoje na Palestina tem a ver com o assassinato de três israelenses na Cisjordânia ocupada, nem com o assassinato de um palestino na Jerusalém Leste ocupada. Tampouco tem algo a ver com a prisão de militantes e políticos do Hamas na Cisjordânia. E nem o que se vê hoje na Palestina tem algo a ver com foguetes. Tudo, ali, sempre, é disputa por terra dos árabes.
Robert Fisk é jornalista e escritor britânico premiado diversas vezes com textos sobre o Oriente Médio. É um dos poucos repórteres ocidentais que fala árabe fluentemente.

14.7.14

A verdade faliu



Agora, a Copa das Copas, virou história. 
Roque Júnior
Terminando com uma entrevista do Neymar Jr., pós-três a zero dos demônios belgas, para um grande jornal, com aquela pergunta que fazem os “competentes” noticiaristas, fuçadores de fofocas, perguntando: 

— Se você estivesse jogando no dia do “apagão”, o que teria feito para evitar aquele massacre, assinado pela seleção da Alemanha?              — Sei lá!

Dia 12 de maio se comemora o ‘Dia Internacional dos Perturbados‛. 

Vemos a miúde perguntas que não encontram respostas. Estão fora do momento presente. Pseudojornalistas só sabem questionar o que não aconteceu, inventando suposições, enfiando o chifre no buraco negro do futuro.

Eu fico perturbado, uai! 

Há uma maneira de desvendar o futuro. Dizem os entendidos que no Buraco Quente, lá no Carrãozinho, Vô Mugambi, Negro Velho porreta que acerta a todos os questionamentos futuros.

— Pode perguntar de ‘um tudo’. 

O Felipão não perguntou. Esqueceu em BH o Dedé. Foi o maior zum-zum da paróquia em Minas Gerais. O Mineirão transbordou. A alemoada, sem Dedé, meteu sete flechas na caçapa da seleção do Zé Marin. 

No lugar do Thiago Silva, dom Murtosa, criado do Felipão, encaixou o David Luiz ; No de David, Parreira escalou, o Dante; No lugar do Neymar, Zé Maria Marin, cravou o Bernard; Pelo menos o ministro palmeirense, não conseguiu enfiar o Henrique na vaga que seria dele: A do Thiago Silva. 

Vô Mugambi, no Buraco Quente ficou frio, rindo. 

O Felipão, com a crista congelada, alegando problemas psicológicos, viu caírem do céu, quatro bolas na gaiola canarinha, em seis minutos, putz.

Foi um apagão psicológico, diz o espertalhão ‘treinador’. E ainda ao falar deixa claro, que aquela equipe foi mal, como se não fizesse parte do time.

Seu Felipe, quem come pé de galinha, fica bisbilhoteiro. Pega o chapéu beije as mãos do seu tutor e vá embora. 

Teixeira/Marin, hoje não existe mais segredos entre nós. A dona Lúcia e o resto do mundo conhecem a farsa. A culpa é do patrocinador.

Quando o ministro nomeou Felipe Scolari assessor voluntário para assuntos da Copa, a verdade faliu! Ficou pelada no meio do pelotão.

O psicológico dos boleiros normalizou? Só o Fred ficou feliz? Ele pichou Mano Meneses, na época do imbróglio, o técnico da seleção. 

Sua queixa; Mano deixou de convoca-lo. Felipão fez justiça e mudou sua história. Hoje reconhecemos a sabedoria do outro. Foi psicológico?

“Que loucura é essa?” Arrepiou a psicóloga Sonia Román; continuando a cornetada, disse mais: “É claro que o Felipão precisa trabalhar o emocional dos meninos, e ele não entende nada disso” (o Felipão). 

Relaxa Luiz Felipe, tem urubu de olho na sua carniça. Eu vi o Zé Marin pendurado na orelha do Alejandro Sabella, e nós sabemos que ele é do ramo. 

Os invisíveis estão na sala. Os arrogantes não olham para baixo, não enxergam. 
Roque Júnior e Alexandre Gallo
É hora de dar lugar aos mais jovens. Alexandre Gallo e Roque Júnior merecem a nossa atenção.

Eles merecem a nossa confiança antes, porém, esperamos que o Ministério da Justiça abra a Caixa Preta das famílias Da Havelange, Teixeira e Marin. 

Nossa esperança não está na mídia, ela vê o que lhe interessa. No passado procurávamos os jornalistas dos grandes jornais para fazer uma denúncia. Hoje, o jornalista moderno sai disfarçado para não ser reconhecido pela multidão. 

Que dó, o repórter não pode sair, para não apanhar da massa. Estão pagando o preço, democraticamente, pelas notícias vendidas. 

A Copa das Copas, padrão Brasil, sucesso mundial na mídia internacional.

www.picassoventura.blogspot.com – facebooc.com/ventura.picasso

Ventura Picasso

2986
Foto http://www.zimbio.com/pictures/zW9BoH1dBFs/Australian+Socceroos+Training+Session/p4foJmYJ5Ou/Roque+Junior