― Você está namorando?
Ventura Picasso
A manifestação de dezenas de leitores na pg. A2 em
‘Opinião’, na Folha da Região, sobre o tema pautado em ‘editorial’: “Quando
vale a pena ser honesto”, aguçou minha curiosidade e procurei o vídeo, virótico
na net, produzido pela empresaria Suzana Cintra de Birigui.
Uma tragédia econômico-financeira anunciada e interpretada
pelo jornalista da Folha, através de uma ótica simplista e desprovido de tino
empresarial concreto.
Aprendemos, através da elite, que os impostos são caríssimos.
Quem deveria informar, que o imposto é a parte social de tudo o que se produz
no país, não o faz. Portanto, os impostos pertencem, à sociedade.
Por motivo de greve da Secretaria da Fazenda a restituição
do ICMS não foi feita; esse montante salvaria a empresa?
Seria esse o motivo central da quebra do fluxo de caixa?
Não notei perguntas, respostas ou depoimento sobre:
Qual o tamanho do estoque de peças e produtos acabados; O
diretor comercial e de marketing respondem às necessidades do ritmo da produção
industrial, a inadimplência dos clientes e o volume de descontos de duplicatas etc.,
a quantas andam?
A ideia do tema pode ser usada a bel prazer. Manipula-lo,
desviar ou alterar a intenção do discurso, ou vagar literariamente em outra
direção, a ‘mão que segura a caneta é soberana’.
São três momentos comuns, histórias tristes que chegam a
aumentar os batimentos cardíaco de qualquer pessoa dotada de alguma
solidariedade humana:
O testemunho voluntário de Suzana, o Editorial e a
entrevista na TV.
O vídeo virótico revelou uma pessoa ingênua, aflita
discursando em desabafo tudo o que seus concorrentes, fornecedores e banqueiros
estavam ansiosos para saber.
Revelou sua fraqueza empresarial que jamais deveria
fazê-la.
Perdeu o crédito – a ética do capitalismo começa no lucro
abusivo, e em seu roteiro não cabem emoções.
Sou daquele tempo que ao se aproximar da falência o
empresário geralmente, desaparecia do planeta, sofria um enfarte ou
suicidava-se. Como o samurai lavando sua honra com sangue praticando o harakiri.
O editorialista do jornal, por economia, ignora a quem o
grito de dor foi dirigido; ao senhor ilustríssimo digníssimo Michel Temer que não
aparece no editorial.
Quando a fila do PSDB vai andar – em direção à Curitiba?
É um caso de polícia? Que polícia?
A exploração do tema pseudo sensacionalista não foi
tratado para ajudar a empresária, apenas para cobrir espaço. Matéria feia, fraca
e fria.
Suponho que o jornal esteja economizando papel e tinta
gráfica, os dois itens são os mais valorizados na indústria da imprensa
escrita.
Por falar em economia José Serra não aparece no jornal, não
sabemos o que faria com 23 milhões estacionados na Suíça. Nem uma foto, um
Editorial, sequer uma coluninha de 6 X 10 cm.
Na outra ponta, sonegando impostos e informações, no monopólio
das comunicações, na TV o entrevistador pensa que faz do jornalismo lixo uma
obra de arte.
― Você está namorando?
FOTO - olharunificado.com
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