22.11.16

Oh Suzana



― Você está namorando? 
Ventura Picasso
 
 A manifestação de dezenas de leitores na pg. A2 em ‘Opinião’, na Folha da Região, sobre o tema pautado em ‘editorial’: “Quando vale a pena ser honesto”, aguçou minha curiosidade e procurei o vídeo, virótico na net, produzido pela empresaria Suzana Cintra de Birigui.

Uma tragédia econômico-financeira anunciada e interpretada pelo jornalista da Folha, através de uma ótica simplista e desprovido de tino empresarial concreto. 

Aprendemos, através da elite, que os impostos são caríssimos. Quem deveria informar, que o imposto é a parte social de tudo o que se produz no país, não o faz. Portanto, os impostos pertencem, à sociedade.  

Por motivo de greve da Secretaria da Fazenda a restituição do ICMS não foi feita; esse montante salvaria a empresa? 

Seria esse o motivo central da quebra do fluxo de caixa? 

Não notei perguntas, respostas ou depoimento sobre:
Qual o tamanho do estoque de peças e produtos acabados; O diretor comercial e de marketing respondem às necessidades do ritmo da produção industrial, a inadimplência dos clientes e o volume de descontos de duplicatas etc., a quantas andam?
   
A ideia do tema pode ser usada a bel prazer. Manipula-lo, desviar ou alterar a intenção do discurso, ou vagar literariamente em outra direção, a ‘mão que segura a caneta é soberana’.  

São três momentos comuns, histórias tristes que chegam a aumentar os batimentos cardíaco de qualquer pessoa dotada de alguma solidariedade humana:
O testemunho voluntário de Suzana, o Editorial e a entrevista na TV. 

O vídeo virótico revelou uma pessoa ingênua, aflita discursando em desabafo tudo o que seus concorrentes, fornecedores e banqueiros estavam ansiosos para saber. 

Revelou sua fraqueza empresarial que jamais deveria fazê-la. 

Perdeu o crédito – a ética do capitalismo começa no lucro abusivo, e em seu roteiro não cabem emoções.  

Sou daquele tempo que ao se aproximar da falência o empresário geralmente, desaparecia do planeta, sofria um enfarte ou suicidava-se. Como o samurai lavando sua honra com sangue praticando o harakiri. 

O editorialista do jornal, por economia, ignora a quem o grito de dor foi dirigido; ao senhor ilustríssimo digníssimo Michel Temer que não aparece no editorial. 

Quando a fila do PSDB vai andar – em direção à Curitiba?

É um caso de polícia? Que polícia?

A exploração do tema pseudo sensacionalista não foi tratado para ajudar a empresária, apenas para cobrir espaço. Matéria feia, fraca e fria. 

Suponho que o jornal esteja economizando papel e tinta gráfica, os dois itens são os mais valorizados na indústria da imprensa escrita.

Por falar em economia José Serra não aparece no jornal, não sabemos o que faria com 23 milhões estacionados na Suíça. Nem uma foto, um Editorial, sequer uma coluninha de 6 X 10 cm.

Na outra ponta, sonegando impostos e informações, no monopólio das comunicações, na TV o entrevistador pensa que faz do jornalismo lixo uma obra de arte.

― Você está namorando?

FOTO - olharunificado.com
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