VENTURA PICASSO
Em 1996 encontrei Jostein Gaarder na sua 12ª reimpressão
de “O mundo de Sofia”. Trata-se de um romance de história da filosofia.
Capítulos curtos preenchendo 555 páginas de lições deliciosas.
O anônimo bilhete pergunta: de onde vem o mundo em que vivemos?
Evidências científicas, continuamente observadas no
universo, levam esse início à uma expansão cósmica, que chamam de Big Bang.
Há vinte e cinco anos não tínhamos WhatsApp, facebook o
Twitter com seus 140 dígitos. A própria rede de computadores não infestava a
sociedade.
Nesse curto espaço de tempo (1996/17), o Brasil mudou de
rota. Foi a morte da filosofia, sem sol, o sextante não funciona. Perdemos a
ternura.
Retornamos ao romantismo do século XIX. A burguesia
assume com liberdade total o direito de se locupletar, se fartar roubando os
bens da nação. A parcela da população usada para golpear o governo, estava
perdida atrás do Trio Elétrico, não estava ligada às correntes políticas de
esquerda ou direita, inoculadas e adestradas com o ódio instruído pela mídia,
revelaram-se infelizes simplesmente, os preconceituosos.
Em Marx podemos encontrar: “...os filósofos sempre
tentaram interpretar o mundo, em vez de tentar modifica-lo”.
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Um papo no Jardim do Éden sobre o mundo: ‘...afinal de
contas, algum dia alguma coisa tinha de ter surgido do nada...
Essa coisa protestava dentro de Sofia:
― “Embora não restasse dúvida de que Deus fosse capaz de
criar todas as coisas possíveis, dificilmente ele poderia ter criado a si mesmo...”
*- Com extrema delicadeza, o professor Roelf Cruz
Rizzolo, apresenta um tema controverso, em seu artigo ‘Fé e Falácia’, que redigiu
no jornal Folha da Região de Araçatuba:
“Se precisamos acreditar em fábulas da idade do bronze ou
na recompensa ou castigo dos deuses para fazer o que é certo ou deixar de fazer
o que é errado, há evidentemente algo de intrinsicamente equivocado em nossa
formação moral, e quem sabe a religião tenha muito a ver com essa falha”.
***
A realidade mundial, neste começo de século, é um caos. A
União Europeia, o Brexit, desintegra-se. O êxodo humano em fuga do norte da
África e da Ásia provocado pelo terror das guerras, pela lógica inexplicável à
busca louca do lucro absoluto, mas o petróleo e outros minerais explica tudo. Humanos,
vítimas da chibata americana, em tal desespero, faz optar pela morte, a única
alternativa para salvar a vida, aos milhares enfrentam o Mediterrâneo em
direção à Itália e à Europa Central.
Na América, Trump tuitando cobra o muro, mesmo que seja
apenas uma cerquinha, do mexicano.
O chefe do Itamaraty, estelionatário mor do Brasil, e o
receptador da Casa Branca.
Quando Trump recebeu o pedido de audiência e recepção do
“diplomata” brasileiro, perguntou ao
continuo:
― O que se trata?
― Ele quer vender a Barreira do Inferno.
― Dispensa esse cara; ele não é o dono da Barreira; pensa
que eu sou receptador de bens públicos roubados? Chama o segurança e põe esse espertalhão
na rua.
O Temer trocou o “diplomata”, mandou o outro para o
inferno.
Agora promovido a “diplomata”, preocupa-se com a
Venezuela, alega que há uma ditadura, por outro lado deveria preocupar-se com a
própria pele, se supõe que tenha recebido mais quinhentos mil, em nova delação; Aloysio ri à toa.
“Quem é você”?
― Sou PSDB!
***
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