12.3.17

"QUEM É VOCÊ?"

VENTURA PICASSO

Em 1996 encontrei Jostein Gaarder na sua 12ª reimpressão de “O mundo de Sofia”. Trata-se de um romance de história da filosofia.
 
Capítulos curtos preenchendo 555 páginas de lições deliciosas. O anônimo bilhete pergunta: de onde vem o mundo em que vivemos?
Foto-internet ROBERT CAPA

Evidências científicas, continuamente observadas no universo, levam esse início à uma expansão cósmica, que chamam de Big Bang.

Há vinte e cinco anos não tínhamos WhatsApp, facebook o Twitter com seus 140 dígitos. A própria rede de computadores não infestava a sociedade. 

Nesse curto espaço de tempo (1996/17), o Brasil mudou de rota. Foi a morte da filosofia, sem sol, o sextante não funciona. Perdemos a ternura.

Retornamos ao romantismo do século XIX. A burguesia assume com liberdade total o direito de se locupletar, se fartar roubando os bens da nação. A parcela da população usada para golpear o governo, estava perdida atrás do Trio Elétrico, não estava ligada às correntes políticas de esquerda ou direita, inoculadas e adestradas com o ódio instruído pela mídia, revelaram-se infelizes simplesmente, os preconceituosos.

Em Marx podemos encontrar: “...os filósofos sempre tentaram interpretar o mundo, em vez de tentar modifica-lo”. 

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Um papo no Jardim do Éden sobre o mundo: ‘...afinal de contas, algum dia alguma coisa tinha de ter surgido do nada...
 
Essa coisa protestava dentro de Sofia:

― “Embora não restasse dúvida de que Deus fosse capaz de criar todas as coisas possíveis, dificilmente ele poderia ter criado a si mesmo...”

*- Com extrema delicadeza, o professor Roelf Cruz Rizzolo, apresenta um tema controverso, em seu artigo ‘Fé e Falácia’, que redigiu no jornal Folha da Região de Araçatuba:
                        
“Se precisamos acreditar em fábulas da idade do bronze ou na recompensa ou castigo dos deuses para fazer o que é certo ou deixar de fazer o que é errado, há evidentemente algo de intrinsicamente equivocado em nossa formação moral, e quem sabe a religião tenha muito a ver com essa falha”.

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A realidade mundial, neste começo de século, é um caos. A União Europeia, o Brexit, desintegra-se. O êxodo humano em fuga do norte da África e da Ásia provocado pelo terror das guerras, pela lógica inexplicável à busca louca do lucro absoluto, mas o petróleo e outros minerais explica tudo. Humanos, vítimas da chibata americana, em tal desespero, faz optar pela morte, a única alternativa para salvar a vida, aos milhares enfrentam o Mediterrâneo em direção à Itália e à Europa Central. 

Na América, Trump tuitando cobra o muro, mesmo que seja apenas uma cerquinha, do mexicano.

O chefe do Itamaraty, estelionatário mor do Brasil, e o receptador da Casa Branca.

Quando Trump recebeu o pedido de audiência e recepção do “diplomata” brasileiro,  perguntou ao continuo:

― O que se trata?
    
― Ele quer vender a Barreira do Inferno.

― Dispensa esse cara; ele não é o dono da Barreira; pensa que eu sou receptador de bens públicos roubados? Chama o segurança e põe esse espertalhão na rua. 

O Temer trocou o “diplomata”, mandou o outro para o inferno. 

Agora promovido a “diplomata”, preocupa-se com a Venezuela, alega que há uma ditadura, por outro lado deveria preocupar-se com a própria pele, se supõe que tenha recebido mais quinhentos mil, em nova delação; Aloysio ri à toa. 

“Quem é você”?
― Sou PSDB!

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