31.5.17

TRANSGRESSOR



Ventura Picasso

“Todos são iguais diante da lei. Aí começa a desigualdade” (Marx).

Para o político ladrão é difícil evitar a criação corrupta. É uma doença que tem a ver com o desejo; a tesura do artista, é enganar o povo e roubar a nação, para jactanciar-se. 
15out1960-Raquel de Queiroz

Os criminosos federais contemporâneos, arrogantes, ignoram as leis, a ética e a moral que poderiam ser reconhecidas e respeitadas como ferramentas essenciais para a defesa dos estatutos democráticos. 
 
“O inferno fez-se céu”.

Nada disso é importante.

Como a lenda do gato e do rato: a polícia atrás do larápio, ou ainda a esperteza do coelho que joga o urso sobre o espinheiro. 

Mas, importa o poder sobre o destino de tudo e de todos, a ambição sobre valores sexuais e materiais de outrem, que é o objetivo inigualável tão sonhado desses pacientes.

O ridículo das acusações criminosas não diminui a conta bancária. O orgulho comanda o lucro cotidiano, o remorso pelo ato criminoso é volátil, as noitadas são belas e joviais. 

A atividade institucional mais desenvolvida e trivial é roubar malas cheias de dinheiros públicos. Dinheiro sem dono, caiu do caminhão e ninguém viu... 

O mais doloroso é ver e ouvir pessoas de todas as idades e formação, divertindo-se nas redes sociais, fazendo piadas com as reformas da Previdência e Trabalhista. 

― Olha a minha aposentadoria, diz um vaqueiro mostrando uma foto de seus bois.
― Não se trata dos seus bois, mas da aposentadoria do cliente da sua carne.

O mais dramático é a ignorância social gerada pela falta de informações educativas embasadas na verdade.  

A verdade é proibida e perigosa, ela pode incriminar o depoente. 

Aristóteles, em seu ensaio, define que o homem foi feito pela natureza como um animal que fala – e por isso é político. 

Transgressores! 

Infelizmente, entre os poderes do Estado, os nossos representantes não falam. Agem na surdina das madrugadas em busca de novos objetivos financeiros ilícitos. 

1599

4.5.17

DIÓGENES



VENTURA PICASSO
O Cínico, nasceu em Sinope, por volta de 404 a.C..

O filosofo é lembrado por acreditar na virtude das ações concretas, e não nas teorias abstratas. 
Portal Libertário Aoca

Seria ele o primeiro filosofo anarquista de nossa história?  

Diógenes de Sinope, caminhava durante o dia pelas ruas da cidade com uma lanterna acesa, à procura de um homem verdadeiro e honesto.

Imaginemos como Diógenes se comportaria hoje, em nossas Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional?

A quantidade de partidos políticos encostados nas bancadas governistas, associados aos meios de comunicações, obtendo vantagens monetárias e cotas de cargos comissionados, mídias que embaçam a realidade, deixando o eleitor desnorteado, tendo como propósito a subtração de tudo o que o poder político possa oferecer. 

Todos os legisladores, vereadores, deputados estaduais federais e senadores, assumem a responsabilidade, frente à Constituição Federal e ao eleitorado, de fiscalizar o executivo. 

Na pratica, eles não fiscalizam, apenas protegem o executivo traindo o eleitor.

A cada eleição municipal, com seus cabos eleitorais e publicitários especialistas, elegem 5.568 prefeitos. 

57.931 vereadores, lutam por uma vaga na câmara utilizando tudo o que for possível para alcançar o coeficiente necessário para ocupar a tão sonhada cadeira.
 
À primeira reunião, após a contagem dos votos, o loteamento.

O eleitorado, em sua maioria, não enxerga a realidade. As bancadas do governo, quando maioria, obtém vitórias em todos os projetos.

As oposições votam contra as propostas do governo, sejam necessárias ou supérfluas. 

Os dois lados das fileiras políticas agem contra o povo, que anestesiado não reclama o sufrágio dado, em troca do bem estar social, ao vulgo defensor da sociedade. 

Quero lembra-los que não me refiro ao traidor Temer, ou aos ministros corruptos que representam uma minoria desonesta. 

Quero alertá-los que para os 5.568 prefeitos, existem 57.931 vereadores com suas cotas de comissionados.

“Quanto mais procuro por homens honestos, mais admiro meus cães”, Diógenes de Sinope.

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