14.10.17

IGREJA SEM PARTIDO




VENTURA PICASSO

ÁRVORE DA CIÊNCIA DO BEM E DO MAL
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça; porque serão satisfeitos”. Evangelho de São Mateus. Cap. 5, v. 6.
Carolas, lotaram a Câmara cheios de placas moralistas, exigindo uma lei que proíba conteúdo pornográfico nas escolas municipais.
Entre os queixosos, um figurão igrejeiro relatou que assistiu a um vídeo, - se supõe que seja na TV -, de crianças dançando e cantando funk, com letras horríveis, de sexo explícito.
Preocupa-se com a pedofilia.
O que é conteúdo pornográfico no ambiente escolar? O Adão, marido da Eva não pode ir a reunião dos responsáveis sem a folha de parreira?
Ganharam a lei, que foi aprovada, por unanimidade.
Existem dois espaços para aprender a viver: Em casa, e na rua. Nos dois, a vida poderá fluir como um filme de amor ou de terror.
Condicionando a criança como rato de laboratório, seguramente, será insegura.
Os vereadores que aprovaram a lei, perderam a oportunidade de adicionar um único adendo de proteção total às crianças em seus lares, como por exemplo:
― “Todas as famílias que possuem em seu meio crianças com menos de dez anos de idade, ficam terminantemente proibidas de assistirem ou possuírem aparelhos de TV em suas casas. A multa de 10% sobre o maior salário entre os moradores servirá de parâmetro à quem desobedecer o presente aditamento, etc.
A criança corre perigo dentro de suas casas; cercadas pelos mais queridos; traída por falsos amigos; pela invasão das comunicações como: TV, rádio, celular, rede de internet entre outros.
No ambiente escolar o Bulingue/Bullying, é o maior perigo para as crianças, e nesse caso precisa de proteção dos superiores.
Deixem os produtores de currículo escolar trabalharem pela emancipação das nossas crianças. Atentem senhores carolas, nenhum comunista, ateu ou inimigo infantil cria textos obscenos para destruir as reservas morais das nossas crianças.
Se o país é laico, a igreja deveria ser sem partido. A não ser que o partido abra os caminhos da corrupção, facilitando a vida de falsos ‘profetas’, encarregados se subtraírem valores dos cofres públicos.
1743 

2 comentários:

Célia disse...

Moralistas... imorais... Ditam normas e regras e não as cumprem minimamente... Uma crônica e muitas interpretações. Valeu, Ventura!
Abraço.

Ventura Picasso disse...

Esses caras cheios de motivos e razões para meter o bedelho onde nada entendem, poderiam defender uma proposta concreta que diz respeito ao salário dos professores; professores que não tem tempo para roubar o Estado, à espera indignados pelo menos de uma mísera aposentadoria.